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Friday 31 May 2013

A regulamentação do sector eléctrico angolano começa a ser analisada - Precisamos todos de energia com qualidade.

Desde 2010 que a Angola Power Services vem abordando a questão da normalização  e regulamentação do sector eléctrico em Angola. Ler artigo: A Salada Russa no Sector Eléctrico Angolano

Felizmente começamos a dar alguns passos, ainda que tímidos, nesse sentido. Hoje, termina a VI Conferência Anual da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP).

A seguir publicamos a síntese feita pela Angop do primeiro dia de conferencia: 


O presidente do Conselho de Administração do Instituto Regulador do Sector Eléctrico (IRSE), Luís Mourão da Silva, garantiu nesta quinta-feira, que as acções implementadas pelo Executivo no sector vão permitir, a curto prazo, o melhoramento no fornecimento de electricidade à cidade capital.


Segundo o responsável que discursava na abertura do VI Conferência Anual da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP), que decorre em Luanda de quinta a sexta-feira, “mais cedo ou mais tarde” acções em curso, vão dar uma melhor qualidade de serviço, em benefício das populações. 


Reconheceu haver, neste momento, muitos problemas no sistema de fornecimento de energia eléctrica, no país, fundamentalmente para Luanda.

“Não vamos dar solução dos problemas numa única vez, mas existem acções de vulto no domínio da produção, que estão a ser realizadas, ainda recentemente foram anunciados os investimentos no aproveitamento hidroeléctrico de Capanda, e na rede de distribuição”, frisou.

Deu a conhecer, a realização de outros investimentos a nível do transporte de electricidade de média e alta tensão, e que vai permitir escoar a electricidade de Capanda, para Luanda e outras províncias, principalmente do norte do país, sem constrangimentos.

Considerou o domínio de transporte de energia como o principal constrangimento no sistema, e por esta razão a maior parte dos investimentos estão direccionados para esta área.

À margem da conferência houve assinatura de um acordo de cooperação entre o IRSE (Angola) e a URSEA do Uruguai.

A RELOP é um associação de carácter internacional sem fins lucrativos, cujo objectivo é promover o desenvolvimento e a troca de experiências de regulação no sector de energia, partilhar o conhecimento no sector e propiciar a formação e a comunicação entre especialistas e profissionais das entidades associadas. Fim de citação.

A nossa visão (www.angolapowerservices.blogspot.com) é que não devemos somente olhar para questão da disponibilidade do produto (energia), sem ter em conta a sua qualidade e continuidade no seu fornecimento. A qualidade do produto final nos terminais do consumidor, passa necessariamente pela concepção de projectos de transporte e distribuição com o rigor técnico estabelecido pelos padrões, normas e regulamentos internacionais adaptados por Angola. Se esses pressupostos forem ignorados, corremos sempre o risco de produzir energia significativa mas que no entanto não satisfará as necessidades do consumidor.

Quantos  projectos foram implementados sem no entanto observamos a problemática do transporte, da distribuição e da qualidade da energia a ser fornecida? Quantas redes de distribuição foram construídas em bairros periféricos em Luanda, sem no entanto a população receber uma energia com qualidade?

A barragem de Capanda serve também de exemplo nesse sentido. Construímos a barragem sem as linhas de transportes adequadas para o beneficio dos consumidores. O governo anunciou recentemente a construção de uma central eléctrica na província de Malanje, com sete grupos geradores para colmatar o déficit energético da cidade ( Malanje vai ter nova central eléctrica). Contudo, A ENE anunciava que a barragem de Capanda voltava a funcionar normalmente depois de superado os problemas com o nivel da albufeira (Capanda atinge níveis altos de produção). Não teríamos necessidade de instalar um novo grupo de geradores em Malanje, se tivéssemos tido em consideração a demanda da cidade a escassos kilometros da barragem.  Isto é, se tivéssemos seguido as normas e regulamentos para o fornecimento de energia a uma cidade. As linhas de distribuição, as subestações, etc, instaladas na primeira fase do projeto na cidade de Malanje, seriam capazes de fornecer essa demanda sem no entanto recorrermos a grupo de geradores adicionais. Teríamos somente a necessidade de melhorarmos o sistema de distribuição a nível da cidade tendo em conta a fornecimento de energia qualitativa a população a partir de Capanda.   Lembrem-se que Malanje nem sequer tem um polo industrial funcional.

Precisamos igualmente de adequar as nossas redes de distribuição de energia eléctrica, para que os investimentos a serem feitos no sector produtivo beneficiem de facto o povo. Quantas vezes dizemos que temos energia eléctrica em casa, mas nem sequer conseguimos engomar a roupa ou ligar o ar condicionado? Eis a questão.

A regulamentação do sector eléctrico nacional em todas as suas vertentes é o garante da estabilidade e da qualidade de energia a ser consumida futuramente. Contudo, mais importante que regulamentar é  garantir e assegurar o cumprimento das mesmas por parte das diferentes instituições que actuam no sector eléctrico nacional, de modo a evitar essa salada russa na qual nos encontramos mergulhados. 

Precisamos todos de energia com qualidade.

Aguardemos por melhorias...

Emméry Macedo
www.angolapowerservices.blogspot.com

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Luanda, Viana, Angola
Consultoria e Prestação Serviços powered by Emméry Macedo - Engenheiro Eletrotécnico, BTECH, BEST CUM LAUDE, pela Durban University of Technology (DUT), Galardoado pelo Institute of Professional Engineering Technologists (IPET), Pos-Graduado em Gestão de Projectos pela Universidade de Liverpool; Bacharel em Ciências Matemáticas pela Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto de Angola, Professor de Matemática e Física pelo IMNE- Garcia Neto, Professor de Electrόnica de Potência da Universidade Metodista, membro do IET - Institution of Engineering and Technology MIET nº 91651226, membro da Ordem dos Engenheiros de Angola OEA nº 2924, com certificação em ETAP, SKM, HV Switching, SAEP, etc...

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